Produção em escala de proteína isolada plant-based de alto valor agregado a partir dos resíduos da Castanha-do-Brasil

Sobre o Projeto

As proteínas plant-based mais abundantes no mercado carecem de um perfil completo de aminoácidos essenciais, sendo imprescindível combinar fontes proteicas diferentes . As limitações para novas formulações alimentícias estão relacionadas ao baixo rendimento proteico e aos subprodutos salinos oriundos de processos convencionais de extração. Assim, a proposição de novas metodologias de extração com inserção de nanotecnologia é essencial para o desenvolvimento de novos produtos. A castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa) é uma abundante fonte proteica rica em metionina, com elevado índice de descarte da extração de seu óleo vegetal. Processos baseados em nanofiltração por membranas serão otimizados para a obtenção de teor proteico superior a 80%, descartando a presença de reagentes químicos que geram subprodutos salinos. Ainda, a concentração de selênio (Se) será modulada no produto final para adequá-la às necessidades da saúde humana.

Problema que quer resolver

O projeto prioritário visa resolver um problema significativo no mercado de proteínas vegetais: a falta de alternativas nacionais e diversificadas à soja, que atualmente domina o mercado. Embora a soja seja uma fonte rica de proteínas, ela não é a única opção viável e possui limitações quanto à biodiversidade e ao impacto ambiental. A nossa solução é o desenvolvimento de uma nova proteína vegetal nacional, rica em metionina, um aminoácido essencial que é frequentemente deficiente em outras fontes vegetais como leguminosas, incluindo soja e ervilha. Este novo produto será obtido a partir de resíduos da cadeia produtiva, abordando um problema ambiental ao transformar resíduos em uma fonte valiosa de proteína. Ao utilizar resíduos, o projeto também contribui para a redução do desperdício e promove uma economia circular. Além disso, a nossa proteína vegetal se destacará por seu sabor e aroma mais agradáveis em comparação com outras proteínas vegetais, que muitas vezes têm características sensoriais menos atraentes. Esse aspecto é crucial para a aceitação do consumidor e a integração bem-sucedida em produtos alimentícios variados. Além disso, a nova proteína será formulada sem subprodutos salinos, o que garantirá um perfil de sabor mais neutro. Portanto, ao oferecer uma proteína vegetal nacional, rica em metionina e com características sensoriais aprimoradas, o projeto busca preencher lacunas no mercado, diversificar a oferta de proteínas vegetais e promover práticas sustentáveis e eficientes na produção de alimentos.

Solução apresentada

Para resolver o problema identificado no mercado de proteínas vegetais, nosso projeto adotará uma abordagem inovadora e sustentável. Pretendemos formar parcerias estratégicas com cooperativas para garantir o acesso a matérias-primas de qualidade e promover a integração com a cadeia produtiva local. Utilizaremos a torta, resíduo da extração de óleo, e a própria castanha, quando necessário, para desenvolver uma nova proteína vegetal rica em metionina e com características sensoriais superiores. O processo de produção envolverá a transformação desses resíduos em uma proteína vegetal de alta qualidade. Utilizando técnicas avançadas, aplicaremos a nanofiltração para remover o resíduo salgado presente, o que eliminará o sabor residual frequentemente associado a proteínas vegetais. Este processo melhora seu perfil sensorial, tornando-a mais aceitável e atraente para os consumidores. A nanofiltração é uma tecnologia eficiente que permite a separação de componentes indesejáveis, garantindo que a proteína final tenha um sabor neutro e uma textura desejável. Com isso, o projeto não só oferece uma solução nutricionalmente rica e sustentável, mas também atende à demanda por proteínas vegetais de alta qualidade com menos impacto ambiental. Ao utilizar resíduos e adotar práticas de processamento avançadas, buscamos criar uma proteína vegetal que complementará outras fontes, atendendo às necessidades do mercado e promovendo uma economia circular.

Tipo e justificativa da inovação

A solução tecnológica proposta para a produção de proteína de castanha-do-brasil utiliza um processo estabelecido de precipitação isoelétrica, amplamente reconhecido no mercado para a extração de proteínas vegetais. Esta técnica permite a obtenção de uma proteína de alta pureza ao ajustar o pH da solução para precipitar a proteína desejada. No entanto, um desafio associado a esse método é o gosto residual salino, que pode afetar a aceitação do produto final. Para superar essa limitação, a Mangute está integrando a nanofiltração ao processo. A nanofiltração é uma tecnologia avançada de separação que permite a remoção de sais e outros resíduos indesejados, resultando em uma proteína com um sabor mais neutro e aceitável. Esta abordagem inovadora visa melhorar a qualidade sensorial da proteína, tornando-a mais atraente para o mercado de alimentos plant-based. Atualmente, o projeto encontra-se na fase de ideação 2, com testes realizados a nível laboratorial. Estes testes são cruciais para validar a eficácia da combinação da precipitação isoelétrica com a nanofiltração. O próximo passo é a validação do processo em escala piloto, o que permitirá refinamentos adicionais e a otimização do método antes da implementação em larga escala. A proposta de inovação da Mangute não só aprimora a qualidade da proteína de castanha-do-brasil, mas também proporciona uma solução tecnológica que pode transformar subprodutos em um ingrediente valioso, promovendo sustentabilidade e eficiência no setor de proteínas vegetais.

Cadeia produtiva amazônica

Castanhas

Eixos temáticos no PPBio

VI - Negócios de impacto social e ambiental

Status do projeto

Em captação de recurso

Captação
Valor de investimento:
Acima de 3.000.000,00

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Informação da Instituição
Startup Mangute Ingredients - Emerge Brasil